A argentina mostrou sensibilidade e sensatez no júri do reality
Desde a estreia do MasterChef Brasil, a jurada Paola Carosella se mostrou a mais sensível dos três temidos chefs. Ao lado do francês Erick Jacquin e do paulistano Henrique Fogaça, Paola ganha destaque e surge como a estrela do programa da Band.
Na atração, o choro é livre, leve e solto – acima de tudo verdadeiro – e cativa participantes e telespectadores. “Já vi muitas pessoas que querem estar aqui e mudar a vida, aprender”, avalia a argentina sobre a temporada do reality show culinário.
E vem novidade! Estão abertas as inscrições para uma nova fase, com o MasterChef Profissionais, que deve ser gravada ainda este ano.
O que achou dos participantes desta temporada?
Eles estão usando técnicas profissionais, fazem apresentações profissionais, conhecem cortes de carnes. Demonstram conhecimento e já provei pratos muito bons.
Sua vida mudou após a atração?
Radicalmente! Antes da exposição na televisão, eu era um rato de cozinha. Agora, as pessoas me conhecem, querem saber de mim. O programa mostra outras facetas de todos, assim como fez com a Ana Paula, que sempre foi vista sendo jornalista e agora como apresentadora também. Veem a Paola cozinheira e a Paola pessoa também.
E como lida com essa exposição?
O programa me colocou no centro de atenções. Lidar com a fama ou o que quer que isso seja, é uma coisa forte e acho que estou lidando bem.
O público te aborda nas ruas?
Sempre tomei cuidado com essa exposição. Mas gosto de fazer o MasterChef e não tinha noção de quão transformador poderia ser. Pessoas já me disseram que se inspiraram para cozinhar para a mãe doente até ela melhorar, para uma mãe com câncer terminal! Casais que se reencontraram através da cozinha, pais e filhos que passaram a cozinhar juntos. Quer algo melhor do que isso?
E a relação com os seus colegas?
Tivemos muita sorte porque nos demos bem. No princípio, não sabia o que estava fazendo, mas a boa energia nos ajudou. Gosto da Ana Paula, Fogaça e Jacquin. E nossa relação é leve, não é forçada, não tem briga. E olha que é pesado gravar tanto!
Como é essa rotina?
É uma delícia gravar! Às vezes, são diárias de oito, dez, doze horas, mas estamos tendo muitos intervalos de descanso, pois o programa está mais longo. Com o meu restaurante, me preparei um mês antes, dei um gás e vim gravar. Depois volto e retomo, sem contar que tenho minha filha pequena para cuidar e passar tempo com ela.
Que tempero não pode faltar de jeito nenhum na sua cozinha?
Não pode faltar coração. E para tocar o coração de alguém é preciso que abra o seu antes.
De que forma sente que um prato realmente tem alma?
É uma pergunta que você vai responder sozinha. Tenho certeza que alguma comida já te tocou, te emocionou. Pode ser qualquer coisa, desde o PF da esquina, ou o cachorro- -quente vendido no porta- -malas, mas que você vê que o cara faz com carinho. Do mesmo jeito que o prato de um restaurante caro pode não provocar nada em você.
Cada um sente à sua maneira…
É como descrever a sensação de quando uma pessoa passa e você se sente tocada por ela, admirada. É essa alma, esse ‘a mais’, que não se força, não se finge e não se compra.