O galã de Escrava Mãe conta como aconteceu o convite para atuar na Record e um pouco mais sobre os 12 anos de carreira de sucesso na televisão portuguesa
Gentil e animado com o trabalho na Record, o ator português Pedro Carvalho conversou com
TITITI nos bastidores da novela Escrava Mãe, que já caiu no gosto do telespectador. O astro faz o Miguel na trama que abriu um novo horário na grade do canal, e tem se consolidado no segundo lugar em audiência na faixa das 19h30.
Galã em diversas novelas portuguesas, Pedro contou que está realizando um grande sonho ao trabalhar no Brasil. Aos 30 anos, sendo 12 de trajetória, o ator viu a vida mudar ao receber o convite do autor Gustavo Reiz. “Fiquei fã dele (do escritor). Já disse: o dia em que tiver uma novela que tenha um personagem pra mim, largo tudo em Portugal e venho!”, relatou às gargalhadas. Isso por-
que o artista já estava escalado para atuar como protagonista de outra trama na TVI, em sua terra natal. Quer saber mais sobre o ator?
TITITI – Como pintou o convite para Escrava Mãe?
Pedro Carvalho – Partiu do Gustavo Reiz,
e nem hesitei. Meu sonho antigo era trabalhar em novelas brasileiras. Ainda por cima fazer o protagonista de uma história de época.
E o preparo para
fazer o Miguel?
Entrei de cabeça na trama, dei o meu melhor… Lá em Portugal nós dizemos que é um trabalho que sai do pelo. Significa que foi com muita dedicação. Escrava Mãe é uma história de amor bonita e trágica também. São diversas barreiras para serem quebradas em prol desse romance de Miguel e Juliana (Gabriela Moreyra).
O que chamou mais a sua atenção no folhetim?
O texto do Gustavo é maravilhoso. Além disso, a direção do Ivan Zettel e dos outros diretores (Leo Miranda e Régis Faria) é muito boa. Tem ainda os colegas, os amigos que fiz aqui para a vida inteira! E ainda por cima estou contracenando com pessoas que já admirava há tempos.
Quais os atores?
Ah, vários! Zezé Motta, Jayme Periard, Roger Gobeth e Henri Pagnoncelli são muito conhecidos em Portugal. E dividir cenas com eles é fantástico.
Como é contracenar com
a Gabriela Moreyra?
Incrível! Vou levar a Gabi e a Thais (Fersoza) também para o resto da vida. Contracenar com elas é muito bom, fácil. Temos química.
Existe algum mistério
na trajetória do Miguel?
Ao longo da história, o público perceberá que ele é um herói. Na verdade, ele volta para descobrir quem assassinou os pais quando ele tinha 16 anos. E quando chega, desperta a curiosidade das pessoas e
a atenção do mulherio.
Você já atuou em quantas novelas até aqui?
Fiz dez até agora. Mas essa é
a minha primeira de época,
porque em Portugal não temos costume de produzir novelas desse estilo.
Começou a carreira de
ator com quantos anos?
Aos 19 anos. Sempre quis desenvolver algo ligado com arte. Quando pequeno, em minha cidade, Guarda, desenhava, representava na escola e, então, fui para Lisboa estudar representação. Também fiz arquitetura. E em 2015 cursei avaliação imobiliária (risos).
Seus pais o apoiaram
quanto à carreira artística?
Completamente, eles me disseram: “Vai!” Sou filho do João Antônio, minha mãe se chama Maria José, e tenho um irmão gêmeo, o Felipe Carvalho, mas não somos iguais. Também tenho uma irmã, a Joana, que é casada e tem uma filhinha. Minha família sempre foi bastante presente.
Como é sua cidade natal?
Guarda é uma cidade fria, quase ao norte de Portugal. Mas também vivi um tempo em Fundão, uma região pequena, ao centro do país, quase perto da Serra da Estrela. Morei lá até meus 17 anos. Quando terminei a escola, com 18, fui para Lisboa, onde moro.
Antes de estrear
na Record, você
lançou um livro?
Sim, em julho do ano passado, lancei um infanto-
juvenil: Segue Teu Sonho. Fala sobre um menino que quer atuar… É mais ou menos a minha história, ele passa por provações, recebe muitos nãos, ensina as crianças que não basta ser bonito para ser ator… Precisa é trabalhar e ter paixão, investir na formação…
Tinha vindo ao Brasil antes?
Eu não conhecia o país. Só vim uma vez, em 2007, passar um Réveillon com um grupo de amigos em Florianópolis (SC). E na ocasião fiz uma escala, durante uma viagem uma vez, por duas horas em São Paulo. Só!
Preparou-se para
o assédio das brasileiras?
Já me disseram isso (risos). Porém, tento não pensar…
Sou um pouco tímido, mas gosto de receber o carinho
das pessoas, sim. Significa
que estão gostando do
nosso trabalho.
Está namorando?
Solteiro…
Você fala que assistia
às novelas brasileiras.
De qual gostava?
Essa pergunta é muito fácil pra mim (risos), porque tenho algumas… Amei Vamp (Globo, 1991), a que assisti quando criança, Rei do Gado (Globo, 1996), Pedra Sobre Pedra (Globo, 1992)… E também tem alguns autores de que gosto,
como Walcyr Carrasco, João Emanuel Carneiro… Agora fiquei fã do Gustavo Reiz.
A mecânica das novelas
em Portugal é a mesma
que a daqui?
É parecida. A única diferença é que a infraestrutura daqui é maior. O Brasil é o rei das novelas, existe uma qualidade e agilidade maiores, mas também porque faz esse tipo de produção há mais tempo.
Sonha continuar
a trajetória no Brasil?
Sim, adoraria! Queria fazer carreira entre Portugal e Brasil, lá e cá. Espero que Escrava Mãe seja o primeiro trabalho de muitos!