Ele interpreta o personagem Caio em ‘A Força do Querer’
Foi em uma novela de Gloria Perez que Rodrigo Lombardi se consagrou galã. O charmoso Raj dominou Caminho das Índias (2009) e o ator virou um dos homens mais desejados do país. Rodrigo ironiza o título. “Vi uma definição ótima na internet de que eu era o pedreiro que faltava (risos). Achei o máximo: ‘Ele tem um narigão, dentão, não é bonito, mas é isso aí’. Pois é! Eu sou isso aí”, diverte- -se o bem-humorado paulista.
Aos 40 anos, ele interpreta seu terceiro protagonista em uma trama da autora. Depois do Raj e do Théo, de Salve Jorge (2012), Rodrigo vive Caio em A Força do Querer, um advogado íntegro, que não superou o rompimento mal-resolvido com a ex, Bibi (Juliana Paes). “Gloria pega assuntos, que já estavam entrando no inconsciente das pessoas e faz com que esses temas estourem no mundo. Ela faz isso muito bem, agora, mais do que nunca, ao falar sobre o desejo, o querer. Então, é incrível fazer parte disso”, diz o ator, citando temas como a transexualidade da personagem Ivana (Carol Duarte).
Dupla de sucesso
Outro motivo de alegria é a repetição do par romântico de Caminho das Índias com Juliana Paes. “A Juliana é uma das poucas amigas que tenho fora do set de gravação. A gente quase não se vê, mas sabemos que somos amigos. Se eu ligar agora e dizer que preciso dela, Juliana vai dar um jeito de estar aqui. Temos o mesmo tipo de humor, gostamos de coisas parecidas, ela tem uma energia contagiante e é muito gostoso estar com ela em cena. O que vocês chamam de química televisiva é o que enxergam do prazer entre dois atores, que são amigos de verdade atuando juntos”, avisa.
Um outro universo
Além da atuação, o paulistano também acumula muitos trabalhos como dublador de filmes infantis. “É o meu lado nerd. Faço muito pro meu filho, Rafael. Na verdade, meu pequeno é só a desculpa pra eu aceitar fazer (risos). Amo dublar, entrar nesse universo tão mágico, tão bonito. Nossa, se eu pudesse faria só isso da minha vida”, revela.
Peixe fora d’água
Gravar uma novela exige muito tempo do ator e Rodrigo se cobra por isso. “Passo 90% do meu tempo trabalhando, sinto falta de casa. A família entende, mas você sofre por isso. É uma troca de sofrimentos. Mas é isso o que temos pra hoje”, comenta. O galã, inclusive, confidencia que, quando termina de gravar um folhetim, sente-se perdido. “É esquisito. Você não vê mais a família que construiu no trabalho. Fico em casa, mas sem estar acostumado a ficar em casa. Abro a geladeira dez vezes, vou pra sala, pra cozinha… Fico sem saber o que fazer. Quero brincar com o meu filho, mas ele está na escola. Quero conversar com minha mulher, Betty, mas ela está na rua. E aí você vira um peixe fora d’água dentro da sua própria casa. Depois, as coisas se ajeitam. Tive que aprender a viver assim”, conclui.