O galã explica o porquê da química com a atriz, com quem mantém uma relação de profunda admiração e afeto além dos bastidores de ‘A Força do Querer’
Quem não gostaria de ter a chance de cair nos braços – e nas graças! – de Rodrigo Lombardi? A sorte, desta vez, coube à amiga Juliana Paes, que em A Força do Querer faz pela terceira vez par romântico com o ator. Como esquecer de Raj e Maya, de Caminho das Índias (2009), e Herculano e Nina, de O Astro (2011)? “Só não fiz O Clone (2001) com ela porque na época nem era nascido”, diz Rodrigo brincando e festejando a 15a novela, outra parceria com a escritora Gloria Perez. “Juliana – continua ele – tem uma energia contagiante e é muito gostoso estar em cena com ela!”
Na trama global das 9, Bibi, feita pela atriz, no entanto, não tem só uma, mas duas rivais nessa parada. Além de “Juliana Paes é uma das poucas amigas que tenho fora da TV” O galã explica o porquê da química com a atriz, com quem mantém uma relação de profunda admiração e afeto além dos bastidores de A Força do Querer (Lucy Ramos), esposa de Caio, personagem do galã, Jeiza (Paolla Oliveira) também mexerá com o coração do advogado. Afinal, quando for alçado ao cargo de secretário de Segurança Pública, ele terá como guarda-costas a major linha-dura. E os dois vão acabar se apaixonando.
Disputado quase a tapa na ficção e considerado um pedaço de mau caminho por nove entre dez telespectadoras, nem mesmo o galã consegue entender o porquê de seus personagens, sobretudo Caio, fazerem tanto sucesso entre as mulheres. “Essas coisas não têm receita, mas posso dizer que até eu adoro ele”, fala, às gargalhadas, o ator, que na vida real é muito bem casado com Betty Baumgarten. Os dois são pais de Rafael, de 9 anos.
Assim, fica até difícil acreditar que Rodrigo não se sinta com essa bola toda por aí. Se se acha bonito? “Sou no máximo exótico”, arremata, cheio de bom humor.
TITITI – Caio e Bibi têm uma forte torcida. Acredita que isso se deva ao par romântico de enorme sucesso entre você e a Juliana Paes em Caminho das Índias, por exemplo?
Rodrigo Lombardi – Não, porque eles são completamente diferentes de Raj e Maya. Essa paixão do Caio pela Bibi é algo que mexe profundamente com ele. Afinal, o advogado tem todas as razões do mundo para não se envolver com essa mulher, mas a cada dia, a cada capítulo, ela vai assumindo ainda mais importância dentro da vida dele. O problema é: em breve, ela vai bater ainda mais de frente com a Jeiza, que entrará com tudo na vida do meu personagem.
TITITI – E de onde vem tanta química com a Juliana?
O que vocês chamam de química é o prazer de dois atores, amigos de verdade, atuando juntos. É uma das poucas amigas que tenho fora da TV. A gente quase não se vê, mas sabe que somos bons amigos. Se eu ligar para ela agora e disser que preciso dela, sei que vai dar um jeito de estar ao meu lado. Temos o mesmo tipo de humor, rimos das mesmas coisas e, principalmente, detestamos coisas bem parecidas (gargalhadas).
TITITI –Tanto Bibi quanto Caio fazem tudo por amor (ela, no caso, pelo marido bandido). Vale tudo quando se ama?
O amor não cabe dentro da ética. Tudo tem limite, mas a paixão é transbordamento, é aquilo que não se pode controlar de jeito algum. Qualquer pessoa é capaz de fazer algo ilegal por amor, está aí a Bibi para provar. O problema é: esse afeto dela vai de encontro ao que o Caio acredita, né? Ele gosta do que é justo e quer ser feliz sem se comprometer. Mais novelão que isso, impossível, né (gargalhadas).
TITITI – É sua terceira novela da Gloria. A parceria rende, né?
O barato é que quando ela coloca um assunto no enredo, no primeiro momento, você pensa: “Nossa, mas por que isso?” No entanto, logo depois a gente percebe que o mundo está de antenas ligadas naquele determinado tema. A Gloria está muitos passos à frente da gente. E faz isso muito bem, agora mais do que nunca, falando sobre o desejo, o querer.
TITITI – Guarda boas recordações das gravações em Belém (PA)?
Foi muito rápido, fui o único do elenco a gravar apenas um dia por lá. Mas foi incrível. É um lugar com uma culinária fantástica, de uma arquitetura maravilhosa, de uma história recente que, graças a Deus, o tempo não destruiu. As pessoas de lá eram só sorrisos e abraços para conosco.
TITITI – Em breve você aparecerá em dose dupla na telinha. Estará na série Carcereiros, certo?
Sim e o convite surgiu em uma situação atípica, após a morte do Domingos Montagner (setembro passado), que iria viver o papel principal (e que ficou com Lombardi). Eu só poderia ter dito sim ao papel.
TITITI – Como administra o tempo para dar conta também de curtir seu filho?
Olha, o tempo que sobra, se é que sobra, a gente dorme (risos). E depois vai encaixando um jantar com a esposa, um passeio com o filho e assim vai. Já me arrisquei a levar o Rafael todo dia para a escola, mas parei porque era muito cedo e quase já bati o carro por não ter dormido direito!
TITITI – Curte ficar ligado na telinha?
Assisto basicamente ao noticiário, mas amo séries, que são mais rápidas. O mundo está mais dinâmico, então pede coisas assim. Quando o assunto é novela, não consigo acompanhar porque estou aqui o dia inteirinho fazendo uma, né (gargalhadas)? Mas adoro!