O ator credita seu primeiro protagonista como prêmio dos trabalhos que fez nos últimos anos: “Me prepararam para este momento”
Assim como seu personagem em Deus Salve o Rei, Afonso, que abriu mão da riqueza para se dedicar à amada, Amália (Marina Ruy Barbosa), Romulo Estrela fez escolhas certeiras tanto na carreira como na vida pessoal. O maranhense aceitou encarar seu primeiro protagonista, após Renato Góes, que viveria Afonso, ter sido afastado da trama das 7. Mas engana-se quem pensa que o ator caiu de paraquedas na produção. O astro estava escalado para o folhetim, para encarnar Tiago, que agora é interpretado por Vinícius Redd. Na ocasião, Romulo ainda estava gravando Novo Mundo (2017), na pele do Chalaça. Numa carreira ascendente, emendando um trabalho no outro, o ator também esteve na tela recentemente, como Degas, no filme/minissérie Entre Irmãs. Já na vida pessoal, o desafio é conciliar o ofício de protagonista com os cuidados com o filho Théo, de quase dois anos, fruto de sua relação com Nilma Quariguasi.
Com Marina Ruy Barbosa na trama das 7. Crédito: Marília Cabral/ Rede Globo
O que mais te atraiu no Afonso?
O que mais instiga é a coragem do Afonso em abandonar o trono para viver um grande amor. Nossa vida é feita de escolhas. Ao optar por algo você abre mão de outras coisas.
Abriria a mão de qualquer coisa por amor, assim como Afonso?
Eu acredito no amor. Ele sempre fez parte da minha vida. O amor é a salvação para o mundo maluco em que a gente vive.
Como foi a sua preparação para Deus Salve o Rei?
A preparação serviu para unir o grupo, para que todos falassem a mesma língua. Fiz oficinas de arco e flecha, luta de espadas e corporal e cavalo, embora já tenha usado todas essas mesmas atividades nas últimas novelas que fiz.
As cenas de ação são perigosas?
Sempre acontecem situações de perigo. É preciso ficar ligado, certificar de que tudo está seguro. A gente tem mais de um dublê, porque depende muito da situação da cena. Mas são poucas as sequências perigosas, apesar de, na tela, parecerem bem complicadas.
Teve medo de encarar seu primeiro protagonista?
Não. Eu vim de trabalhos que me prepararam para este momento. Estou muito feliz com a oportunidade. Gratidão é a palavra que define meu atual momento. É um personagem lindo, dentro de uma novela inovadora. Estou muito grato de fazer parte desse grupo.
Deu tempo de respirar entre Novo Mundo e Deus Salve o Rei?
Eu estava gravando Novo Mundo e me escalaram para fazer o personagem Tiago. Por uma questão da saída de um dos atores, aceitei o desafio de fazer o Afonso. Desde o início, já estava me preparando com a equipe. Por isso, não foi uma novidade para mim.
Em Novo Mundo, o ator andou muito a cavalo. Foto: Rafael Campos/ Rede Globo
A vida de ator é instável. Você já pensou em desistir da carreira?
Nunca! Eu sempre acreditei nos meus objetivos. Conquistei muitos deles e ainda tenho vários para realizar. Sou um ator jovem e estou aprendendo a cada trabalho. Ser protagonista não estava nos meus planos, mas sempre quis fazer bons personagens. Isso abriu portas pra mim, o Afonso é um exemplo disso. Tudo aconteceu de uma maneira natural e dentro do que eu esperava.
Como você está conciliando as gravações da novela com o ofício de pai do Théo?
Filho é uma coisa que a gente pensa o tempo inteiro. Ele que me motiva, que recarrega as minhas energias todos os dias quando chego em casa, porque tenho feito um trabalho que está exigindo muito de mim. Estou vendo o Théo pouco tempo por dia, mas isso não é o problema, afinal, tenho uma parceira que é incrível.
Já pensa em ter mais filhos?
Nem pensar (risos). Esse é o momento de focar na vida profissional. O Théo veio e abençoou a nossa família. Precisamos investir em outros setores. A família está bonita, do jeito que a gente queria.
Entre Irmãs: cenas polêmicas com Gabriel Stauffer Crédito: Reprodução