A apresentadora, diretora e filha número 2 do “patrão” fala de infância, carreira e o sucesso do Bom Dia & Cia.
Determinada, guerreira e talentosa, Silvia Abravanel tem brilhado também à frente do Bom Dia & Cia., do SBT. E isso tem sido motivo de orgulho para o canal, que vibra com a vice-liderança no horário, perdendo apenas para a Globo. Além de apresentadora e diretora do núcleo infantil da emissora, Silvia já havia atuado em outras atrações da casa, como Casos da Vida Real (2004) e Programa Cor-de-Rosa (2004). E no ano passado esteve ao lado do pai, Silvio Santos, da irmã Patricia Abravanel e do sobrinho Tiago Abravanel no Teleton.
A estrela é casada com Edu Pedrosa desde dezembro de 2013. E terá mais um filho, já que o casal planeja uma inseminação artificial. Quer saber mais?
TITITI – Qual a lembrança mais forte de sua infância?
Silvia Abravanel – Ah, foi muito divertida. Lembro da casa cheia de crianças… Além das minhas cinco irmãs, tínhamos os amiguinhos de cada uma. Outra coisa que me recordo são as viagens em família para parques de diversões.
O que assistia na TV?
Adorava a Princesa Safira (do desenho A Princesa e o Cavaleiro), porque sempre gostei de cavalos, de bichos (risos).
Você era muito nova quando sua mãe (Maria Aparecida) se foi. Mas tem alguma memória afetiva com ela?
Era muito pequena mesmo para lembrar…
E da Iris (Abravanel), o que guarda com mais doçura?
Ah, tenho muito amor por ela, que é uma mãe, me educou, cuidou de mim junto com minhas irmãs. A memória mais forte é a da sensação de colo, de carinho, mesmo.
Como era na adolescência?
Eu era tranquila, estudava bastante, adorava cavalos e fazia montaria. Comecei a trabalhar no SBT aos 16 anos.
O começo foi difícil?
Meu pai me chamou para trabalhar com ele no Domingo no Parque (1986) e aceitei na hora. Durante a semana, ficava no escritório com ele e, no fim de semana, trabalhava até de madrugada na TV. Só parei quando fiz faculdade de medicina veterinária. Mas quando você começa a trabalhar com TV, não tem como não amar. Meu pai foi minha melhor universidade (de comunicação), meu mestre.
Fez veterinária e não exerceu?
Eu sempre falei que ia fazer veterinária. Amo bicho, e falava para o meu pai, mesmo que não exercesse iria terminar a faculdade. Lembro que, em casa, tinha uma porta de vidro e sabiás sempre batiam ali com tudo. Era a primeira a socorrê-
los, fazia torniquete e alimentava, só para ver o bichinho melhor (risos).
Verdade que cuidava das pessoas que iam se apresentar no Show de Calouros?
Sim e era muito engraçado. Já vi cada coisa, gente engolindo faca, cadeado e dizendo que destravou o cadeado na barriga (risos). Às vezes, ficava sozinha selecionando o pessoal. E era mais trabalhoso fazer televisão. Hoje é só apertar alguns botõezinhos. Mas era muito bom!
É difícil ser filha de um ícone como o Silvio?
Nããooo, meu pai é o meu melhor amigo, e sempre me induziu a ir pelo caminho certo.
No ano passado, o Bom Dia & Cia. teve de passar por transformações… Como foi ser diretora e apresentadora ao mesmo tempo?
Um susto, né?! Fiquei sabendo da noite para o dia, pela minha irmã, Daniela (Beyruti, diretora artística e de programação do SBT), que tinha uma liminar impedindo o Matheus (Ueta) e a Ana (Julia) de continuarem à frente do programa (por serem crianças). E quando a Dani perguntou se me importava de tocar a atração, falei: “Vambora!” E deu tudo certo!
Como ficaram os meninos ao receberam a notícia?
Foi tudo muito bem explicado aos dois, que entenderam superbem. Eles poderiam já ter voltado, mas as pessoas gostaram quando passei a apresentar também.
Como lida com críticas?
Quando construtivas são sempre importantes. A única coisa de que não gosto é se são desrespeitosas. Isso acho lamentável.
É prazeroso trabalhar com público infantil?
Ah, é muito bom… É uma troca fantástica. As crianças sabem quando estamos sendo sinceros e verdadeiros. Hoje em dia, elas não brincam mais como antigamente, e tento resgatar algumas brincadeiras. Acho que tem dado certo porque recebo muitos elogios de avós nas redes sociais.
Suas filhas a ajudam nesse processo?
A Luana, de 18 anos, não, porque é especial. Mas a Amanda, de 10, dá dicas, broncas, fala o que pode ser legal no programa. Palpita sobre os desenhos, e isso é muito bom. E tem a Sophie, de 4, filha do meu marido, que amo de paixão.
O que sonha para elas?
Sou muito grata às minhas filhas, que me ensinam o que é o amor. Espero que estudem, batalhem pelo que desejam e não desistam jamais de seus sonhos. Sou muito ligada a elas e à minha família.
Há algum tempo você comentou ter mágoa do Gugu Liberato por ter deixado o SBT… É isso mesmo?
Sim, mas é uma mágoa minha. Não é do Silvio Santos e nem do SBT. Não achei certa a forma como tratou meu pai e o canal (na época em que foi para a Record)… Esses dias, por exemplo, ele disse que deve sua carreira ao Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho). Não tem nem o que comentar!
Assistiu a algum programa dele na Record?
Não, nunca assisti! Nem quero.
Como vê o futuro do SBT e de outros canais?
A TV está mudando bastante e nessa corrida pela audiência parece que vale tudo. Não gosto do que vejo, mas posso dizer: o SBT segue com atrações voltadas à família e à qualidade.
Como está a vida de casada?
Ótima! A gente gosta de jantar junto, ir ao cinema, ver filme em casa… Coisa de casal.
Sonham ter mais herdeiros?
Ahhh, nosso filho já está a caminho, pois vou fazer inseminação! Como fiz laqueadura, o material está congeladinho. Quero ter mais um filho, sim. A gente só não tentou já neste ano por causa do zika vírus. Não dá para bobear com uma doença tão séria.
É ligada à espiritualidade?
Sou kardecista e acredito muito na lei do retorno e em anjos. Acho que eles estão por aqui ajudando a gente, cuidando das pessoas… Sou muito da premissa: o que você faz de ruim ou de bom, volta para você. É importante estarmos sempre agradecendo o que recebemos.