Cantora embalou o público com uma seleção de hits e show vigoroso
A cantora brasileira mais conhecida em Hollywood. Maria do Carmo Miranda da Cunha (9 de fevereiro de 1909 – 5 de agosto de 1955) – a cantora projetada em 1930 com o nome de Carmen Miranda – ainda é uma das mais perfeitas traduções da imagem tropicalista do Brasil no universo pop planetário.
Não foi por acaso que Anitta encarnou nossa diva eterna e entrou no palco no Rock in Rio Lisboa com uma versão eletrônica de “Tico tico no Fubá” e um figurino estiloso que usou para abrir o show.
Também não foi por acaso que, há dois anos, a cantora Roberta Sá deu voz ao mesmo choro do compositor Zequinha de Abreu (1880 – 1935) – gravado por Carmen em 1945 quando já morava nos Estados Unidos e editava discos pela gravadora norte-americana Decca – vestida com as cores e o turbante da pioneira Carmen na cerimônia de encerramento das Olimpíadas disputadas em 2016 na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
O país do futebol já foi também o país do samba e atualmente é o país do funk (e do sertanejo pop). Mas a figura de Carmen Miranda continua no trono, emblemática, já cristalizada no imaginário mundial.
Sempre atenta aos sinais, Anitta uniu dois símbolos aparentemente inconciliáveis até por pertencerem a épocas distintas – Carmen Miranda e o funk – e mostrou a força que (ainda) tem a baiana estilizada na imagem que imortalizou a pioneira popstar nativa.
O público respondeu à altura, e Anitta JÁ É a única atração deste festival já confirmada no próximo evento, no Rio de Janeiro. Poderosa é ela!