Uma ação publicitária da Netflix, planejada para promover a série Senna, acabou causando pânico no Metrô de São Paulo. A experiência, que incluía sons altos e luzes simulando uma pista de corrida, foi realizada no túnel de baldeação entre as linhas Verde e Amarela, mas resultou em tumulto, feridos e um clima de tensão. Após o incidente, os efeitos foram desativados, restando apenas os banners da campanha no local.
Campanha cancelada no dia da estreia
A ação foi suspensa no mesmo dia da estreia da série, que narra a trajetória de Ayrton Senna, com Gabriel Leone no papel principal. O cancelamento dos efeitos sensoriais, incluindo sons de carros e luzes vermelhas, ocorreu após relatos de correria e acidentes no túnel.
Como era a experiência sensorial
A campanha visava proporcionar uma imersão ao estilo das corridas de Fórmula 1, com sons realistas e iluminação especial. No entanto, o ambiente confinado e movimentado do túnel amplificou os efeitos, assustando passageiros e gerando interpretações equivocadas do cenário.
Relatos de pânico e ferimentos
Carolina Costa, jornalista presente no local, descreveu o momento como aterrorizante. Ela relatou ter sido pisoteada durante a confusão e destacou o impacto psicológico do episódio. “A sensação era de que eu ia morrer ali. Foi horrível, uma crise de ansiedade tomou conta de mim“, relatou.
Som alto e luzes causaram desorientação
O barulho intenso e a iluminação vermelha foram os principais elementos que desencadearam o tumulto. Muitos passageiros interpretaram os sons como um alerta de emergência. “No túnel, o som reverberava, piorando a sensação de perigo”, comentou Carolina em suas redes sociais.
Acidentes no local aumentaram o pânico
Segundo o Metrô de São Paulo, a confusão começou com a queda de um casal de idosos na saída da esteira rolante. O incidente foi agravado pelo grito de um passageiro, que alarmou as pessoas ao falar em tiroteio. Isso desencadeou uma correria descontrolada, com quedas e ferimentos registrados.
Feridos precisaram de atendimento
Entre as vítimas, houve relatos de pessoas com ferimentos nos joelhos, mãos e outras partes do corpo. Algumas precisaram de atendimento médico imediato. “Pisaram na minha mão e em outras partes do corpo“, disse uma das vítimas.
Efeitos sensoriais desligados no dia seguinte
Na manhã seguinte ao tumulto, os efeitos sonoros e visuais foram desativados no túnel. Apenas os banners promocionais da série permaneciam no local. Um agente de segurança no local afirmou que os sons não foram reproduzidos naquele dia, mas não soube informar o motivo.
Netflix e Metrô ainda sem explicações detalhadas
A suspensão dos efeitos sensoriais não foi explicada oficialmente pela Netflix ou pelo Metrô de São Paulo. Ambas as partes foram procuradas para esclarecer a situação, mas até o momento, não houve resposta.
Especialistas alertam sobre riscos de ações sensoriais
O caso reacendeu o debate sobre campanhas imersivas em locais de grande circulação. Especialistas afirmam que sons altos e luzes em ambientes fechados podem gerar pânico em multidões, principalmente sem uma comunicação clara com os usuários.
A recepção da série pode ser impactada
Embora a série Senna seja uma das principais apostas da Netflix, o episódio pode prejudicar sua recepção inicial. A ação, pensada para gerar engajamento, acabou chamando a atenção por razões negativas, desviando o foco da estreia.
Futuro de ações semelhantes em debate
Após o incidente, resta saber como o Metrô e a Netflix ajustarão campanhas futuras para evitar situações de risco. A experiência no túnel demonstrou a necessidade de um planejamento mais cuidadoso em ações publicitárias sensoriais.
Resumo para quem está com pressa
- Ação sensorial da Netflix no Metrô de São Paulo foi suspensa após tumultos no túnel de baldeação entre as linhas Verde e Amarela.
- Sons de corrida e luzes vermelhas causaram pânico, levando a correria e ferimentos em passageiros.
- O tumulto começou com a queda de um casal de idosos e o grito de um passageiro alertando sobre um suposto tiroteio.
- Relatos incluem pessoas pisoteadas e atendimento médico a vítimas.
- Efeitos foram desativados no dia seguinte, restando apenas banners promocionais no túnel.
- O caso reacendeu debates sobre segurança em campanhas sensoriais em locais de grande circulação.