Assim, o príncipe e Leopoldina são proclamados imperadores do país
Como
princesa regente do Brasil, Leopoldina (Letícia Colin) diz a Bonifácio (Felipe
Camargo) que está na hora de o Brasil se tornar independente de Portugal. Só
que Dom Pedro (Caio Castro) está em São Paulo apaziguando os rebeldes, onde tem
uma recaída e reata com amante, Domitila (Agatha Moreira). Ele não retorna à
corte e Joaquim (Chay Suede) leva ao príncipe a carta de Leopoldina com suas
impressões sobre o atual momento político no país. Joaquim comunica a Pedro que Portugal decidiu atacar: “Chegou um navio de Portugal, o
Três Corações. E mais: seus ministros serão destituídos e outros serão nomeados
por Lisboa, para onde o governo do Brasil vai ser transferido. José Bonifácio será preso por ter participado da convocação dos
representantes das províncias. Isto
é a dissolução do Reino do Brasil! Tiraram o poder do príncipe, de José
Bonifácio e dos governos provinciais.” Pedro, então, lê a mensagem da
esposa: “O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer
para seu monarca. Com vosso apoio ele fará sua separação.”
As
sugestões dela provam o quanto Leopoldina era à frente de seu tempo e superior
às amantes de seu marido. Dom Pedro, então, decide que chegou a hora de o
Brasil se separar de Portugal. Ao lado de Chalaça (Romulo Estrela) e Joaquim, ele segue para as
margens do rio Ipiranga e proclama: “De hoje em diante estão quebradas as
nossas relações; nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para
sempre separado de Portugal! Brasileiros,
a nossa divisa de hoje em diante será: Independência ou Morte!”, recebendo
o aplauso do povo aos imperadores.
A cena foi gravada em uma fazenda em
Itaguaí, no Rio, e reuniu 160 pessoas, entre equipe e figuração, além de 23
mulas, sete cavalos, 20 armas longas, 10 espadas e 80 figurinos de escravos,
índios, fazendeiros, homens do campo e militares. A emoção tomou conta de todos
e levou Caio às lágrimas. “Eu sabia que esse dia seria o ponto maior da
novela. Esperei por hoje como se fosse um filho que está para nascer — compara
Caio Castro: — Sempre tive o receio de não poder cumprir com o que era
esperado. Depositaram muita confiança em mim. Senti isso desde o começo e
preferi usar esse medo para servir como busca ao Dom Pedro que estavam
esperando. Fui gravar pensando em como poderia representar o povo brasileiro.
Queria sentir o que foi para Dom Pedro estar diante de uma nação que, a partir
daquele momento, não era mais dependente de ninguém. Eu me emocionei muito!”,
contou ele ao jornal Extra.