Sol Nascente tinha tudo para dar certo!
Sol Nascente tinha tudo para dar certo! Um autor consagrado (Walther Negrão), com dois co-autores jovens e talentosos (Suzana Pires e Júlio Fisher), uma história sobre várias culturas tão diferentes e uma trilha sonora das boas. Tudo isso num cenário paradisíaco e com um elenco de tirar o fôlego! Mas esses ingredientes incríveis resultaram num prato insosso! Sol Nascente deixou a impressão de sempre faltava algo: não rolou química entre Alice (Giovanna Antonelli) e Mário (Bruno Gagliasso) – apesar de individualmente a dupla de ótimos atores ter dado o show de sempre -, a história parecia dar voltas sem sair do lugar e a direção não ajudava. O ritmo era sempre lento até mesmo nos momentos de mais ação!
Pelo menos tivemos Laura Cardoso brilhando maquiavelicamente como dona Sinhá, a vilã mais idosa de nossa TV; Rafael Cardoso fez da loucura de Cesar um prato cheio para o rapaz comprovar toda a sua versatilidade e Leticia Spiller (Lenita) e Marcello Novaes (Vittorio) roubaram a cena como o principal par romântico da história. Já Milena (Giovanna Lancellotti) e Ralf (Henri Castelli) foram o mais improvável e fofo casal de nossas novelas recentes! A entrada de Loretta (Claudia Ohana) e Mocinha (Nivea Maria) melhoraram a dinâmica do enredo e a virada de Carolina deu mais espaço para Maria Joana se destacar positivamente! Mas já era tarde para reverter a rejeição inicial do público.
Mesmo assim conheço um grupo muito grande de pessoas viciadas na novela e que a consideram, inclusive, a melhor de 2106. Sinal de que bastante gente foi tocada, positivamente, pela magia de Sol Nascente.