A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) lançou um guia com orientações sobre a vacinação contra a covid-19 em pacientes com doenças reumáticas autoimunes. Segundo a entidade, em razão da ausência, até o momento, de evidências de segurança e eficiência das vacinas para as pessoas com enfermidades reumáticas, a decisão pela vacinação deverá ser tomada caso a caso.
A decisão de vacinação deve ser individual e compartilhada entre o médico e paciente, tendo em vista que portadores dessas enfermidades podem apresentar desregulação imune por causa da doença e redução da eficiência do sistema de defesa do organismo devido ao tratamento.
“É esperado que o reumatologista esteja familiarizado e se mantenha atualizado sobre as características, eficácia e segurança das vacinas contra covid-19 para melhor orientar seus pacientes, considerando tanto a situação epidemiológica local quanto os riscos e benefícios desta tomada de decisão compartilhada”, diz a cartilha.
O guia destaca que a população com doenças reumáticas autoimunes não é considerada grupo de risco para a covid-19. Segundo o documento, a análise de bancos de dados da China, Europa e Estados Unidos não revela maior incidência e gravidade da covid-19 nesses pacientes.
Doenças reumatóides autoimunes
“Destaca-se o posicionamento da Sociedade Brasileira de Infectologia e do Ministério da Saúde, que também não consideram os pacientes com doenças reumatóides autoimunes entre os grupos de risco aumentado para complicações da infecção por Sars-CoV-2 e, desta forma, com indicação para vacinação prioritária, sugerindo que a maior parte destes pacientes possa ser vacinada juntamente com a população geral”, frisa.
O guia recomenda que a vacinação desses pacientes poderá ocorrer quando a doença reumatoide estiver estável ou em remissão, e o paciente não estiver com a eficiência do sistema de defesa do organismo alterada. “Entretanto, o médico pode discutir com o paciente o momento para a imunização, considerando a situação epidemiológica da região e o enquadramento do paciente nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde”.
O documento é composto por 16 perguntas e pode ser acessado neste site.
(Agência Brasil)