Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, não vai adotar as restrições mais rígidas na quarentena contra o novo coronavírus durante as festas de fim de ano. Um decreto do governo estadual determinou que entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1º e 3 de janeiro só funcionem as atividades essenciais, fechando comércio, bares e restaurantes. Assim, todo o estado ficaria nesse período na chamada Fase Vermelha do plano de quarentena.
Atualmente, somente a região de Presidente Prudente, no interior paulista, está classificada na Fase Vermelha, mais restritiva do planejamento de quarentena do governo estadual. O restante do estado está na Fase Amarela, que permite o funcionamento do comércio com restrições de público e protocolos de segurança.
Na Fase Vermelha, que está em vigor de hoje (25) a domingo (27), fica proibido o atendimento presencial em shoppings, lojas, concessionárias, escritórios, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e estabelecimentos de eventos culturais. Farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, lavanderias e serviços de hotelaria estão liberados.
Sem tempo hábil
Em Mogi das Cruzes a prefeitura alegou que o anúncio, feito na última terça-feira (22), não permitiu o planejamento do município para fazer valer as novas regras. “Essas mudanças repentinas do governo do estado dificultam os cidadãos cumpridores de leis a entender qual a regra que está valendo”, afirmou vice-prefeito de Mogi, Juliano Abe, que também é o responsável pelo Comitê Gestor de Retomada Gradativa das Atividades Econômicas da cidade.
Baixada Santista
Os prefeitos dos nove municípios que compõem a Baixada Santista também decidiram não adotar as regras mais restritivas no período de festas, como determinado pelo governo estadual. “Quem está na ponta precisa de planejamento, preparação, organização. Seria impossível de se aplicar no tempo em que as medidas foram anunciadas”, disse o prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa.
Os prefeitos pediram, no entanto, apoio do governo estadual para impedir o acesso às praias nos dias 31 e 1º, além de ações de fiscalização para coibir a entrada de vans e ônibus de turismo que têm a intenção de passar apenas um dia na região.