A lotação de hospitais públicos do Amazonas devido ao aumento do número de internações de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) já motivou a transferência de 77 pacientes para outras unidades da federação.
Segundo o Ministério da Saúde, a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou a 74 pacientes com covid-19 entre sexta-feira (15) e a manhã de hoje (18). Deste total, 23 foram levados para São Luís (MA); 15 para Brasília (DF); 15 para João Pessoa (PB); 12 para Natal (RN) e 9 para Teresina (PI).
A Secretaria de Saúde do Amazonas remanejou outros três pacientes na última sexta-feira (15). De acordo com a pasta, os pacientes foram levados a Rio Branco a bordo de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea da própria secretaria.
De acordo com o Ministério da Saúde, as transferências fazem parte de um plano de cooperação interestadual, executado pelo governo federal, em parceria com o governo do Amazonas, para “aliviar a demanda do sistema de saúde de Manaus diante do recrudescimento da pandemia no Amazonas”.
A seleção dos pacientes a serem transferidos leva em conta o chamado Protocolo de Classificação de Risco Manchester, observando os sinais e sintomas que a pessoa apresenta e com base nos quais é estabelecida a prioridade de atendimento conforme a gravidade de cada caso. Para ser transferido, o paciente deve apresentar sinais vitais (frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial) estáveis, além de assinar um termo de consentimento para a transferência.
Durante o trajeto, o paciente é acompanhado por sete profissionais de saúde. Além disso, as aeronaves usadas devem contar com equipamentos e insumos hospitalares.
Até ontem (17) a noite, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas contabilizava 230.644 casos confirmados da doença. Desde que a presença do novo coronavírus no país foi confirmada, no fim de fevereiro de 2020, 6.191 pessoas perderam a vida em todo o estado em consequência da covid-19. Entre os casos confirmados, 1.702 pacientes continuavam internados, em observação, até ontem. Destes, 1.123 ocupam leitos clínicos (486 na rede privada e 637 na rede pública), 561 vagas de UTI (255 na rede privada e 306 na rede pública) e 18 estão nas chamadas salas vermelhas (estruturas destinadas à assistência temporária a pacientes críticos ou graves que, uma vez estabilizados, são encaminhados a outros pontos da rede de atenção à saúde).
(Agência Brasil)