A série “Agatha Desde Sempre” da Marvel finalmente respondeu uma das grandes questões que pairavam sobre os episódios anteriores, mas o fez de forma apressada. O quinto episódio, intitulado “Darkest Hour / Wake Thy Power”, é o mais curto até o momento, com apenas 25 minutos, sem contar os créditos. Isso representa uma redução significativa em comparação aos episódios anteriores, que duravam entre 10 a 15 minutos a mais. O ritmo acelerado acaba prejudicando o impacto de momentos decisivos que poderiam ter tido mais espaço para se desenvolverem.
A Revelação de Billy Kaplan
Em um dos segredos mais mal guardados da Marvel, agora sabemos que o personagem misterioso interpretado por Joe Locke é Billy Kaplan, o filho da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), mais conhecido como Wiccano nos quadrinhos. O ponto alto do episódio acontece quando Agatha (Kathryn Hahn) empurra Billy ao limite, e ele usa seus poderes para eliminar o coven. A revelação de sua identidade foi feita de forma visual, mostrando Billy utilizando a habilidade de controle mental característica de Wanda e usando uma coroa semelhante à da mãe, enquanto toca “You Should See Me in a Crown“, de Billie Eilish.
O Enigma da Identidade de Billy
Apesar da grandeza da revelação, há uma certa confusão sobre como Agatha descobre a verdadeira identidade de Billy. Até então, havia sido estabelecido que um misterioso sigilo tornava seu nome verdadeiro desconhecido para outras bruxas. Entretanto, no episódio, Agatha parece saber quem ele é, sem maiores explicações. A expectativa é de que isso seja abordado em episódios futuros, mas por enquanto, essa incerteza tira um pouco do impacto do momento.
Desenvolvimento Insuficiente de Billy
Outro ponto que prejudica a revelação é o pouco desenvolvimento que Billy Kaplan recebeu até agora. Embora tenha tido bastante tempo de tela, correndo atrás de Agatha e fazendo perguntas sobre feitiçaria, não conseguimos conhecer sua personalidade em profundidade. Ele parece ser uma boa pessoa, com uma visão positiva do mundo, inclusive de alguém tão ambíguo quanto Agatha. Contudo, sem um investimento emocional adequado em sua história, o fato de ele ser o filho da Feiticeira Escarlate perde um pouco da força. Espera-se que isso seja corrigido em episódios futuros, possivelmente por meio de um flashback detalhado sobre seu passado.
O Ritmo Acelerado de Agatha Desde Sempre
Esse problema com o desenvolvimento dos personagens reflete um problema maior que a série Agatha Desde Sempre vem enfrentando. A cada novo episódio, o ritmo da trama parece acelerar, ao mesmo tempo em que a profundidade do enredo se reduz. A narrativa parece ser uma coleção de cenas pontuais conectadas por diálogos expositivos. Um exemplo disso é o julgamento de Alice (Ali Ahn) no quarto episódio, que foi prejudicado pela falta de desenvolvimento e agora vemos essa questão se repetir.
Os Sete de Salem: Os Verdadeiros Vilões?
Pelo menos, a série finalmente respondeu ao pedido de muitos fãs por um vilão claro. Os Sete de Salem, descendentes das bruxas assassinadas por Agatha, seguem a trilha do coven, criando uma conexão interessante com os eventos vistos em WandaVision. Apesar de serem vilões ainda superficiais, essas bruxas sombrias estão trazendo um necessário clima de perigo à trama, adicionando tensão e emoção à série.
O Julgamento de Agatha: Uma Surpresa Agradável
Uma surpresa inesperada neste episódio foi a realização do julgamento de Agatha. Muitos esperavam que isso fosse guardado para o final da série, mas a antecipação desse evento trouxe um frescor à trama. O cenário, que remete a um filme de terror com uma sessão de tabuleiro Ouija que leva à possessão de Agatha, é uma adição divertida. A sequência é recheada de momentos de comédia e sustos clássicos, que dão um tom leve e criativo ao episódio.
Rio e Agatha: Uma Relação Complicada
Outro destaque do episódio foi a complexa dinâmica entre Rio e Agatha. Em um momento, Rio está pronta para matar Agatha, mas logo depois tenta salvá-la da possessão. Essa relação tensa e cheia de conflitos mostra o quanto Rio deseja punir Agatha, mas ainda guarda alguma compaixão por ela, especialmente quando se trata da mãe de Agatha, Evanora Harkness. A aparição do fantasma de Evanora ecoa o flashback da cena de WandaVision, aprofundando ainda mais os traumas de Agatha.
A Morte de Alice: Um Impacto Previsto
O episódio também trouxe a inevitável morte de mais um membro do coven, desta vez, Alice. Sua morte abala o grupo, mas, infelizmente, Alice não teve tempo de tela suficiente em episódios anteriores para que sua perda tivesse o impacto emocional que deveria no público. O curioso é que Agatha afirma que não pôde controlar sua habilidade de roubo de poderes, o que a faz parecer menos vilã e mais vítima de sua própria magia.
Agatha: Uma Vilã ou Uma Vítima?
Essa revelação levanta a questão: será que Agatha é realmente a vilã que acreditávamos? Se ela não consegue controlar sua habilidade de absorção de poderes, isso a torna mais uma vítima de sua própria magia do que uma assassina deliberada. Essa nuance na personagem traz uma camada a mais para sua história e faz com que o público questione suas intenções e ações ao longo da série.
Veredito do Episódio
Apesar da grande revelação que foi a identidade de Billy Kaplan e de momentos pontuais de criatividade, o quinto episódio de “Agatha Desde Sempre” sofre com o ritmo acelerado e a falta de desenvolvimento dos personagens. A série precisa encontrar um equilíbrio entre ação e narrativa para que os momentos decisivos realmente ressoem com o público, especialmente para os fãs de longa data da Marvel que aguardam esses eventos no MCU há muitos anos.
A Necessidade de Um Ritmo Mais Lento
O maior problema do episódio é o fato de que a trama foi acelerada demais. Momentos que poderiam ter sido impactantes, como a revelação de Billy e a morte de Alice, acabam sendo ofuscados pela falta de tempo para desenvolver essas histórias. Se a série pudesse desacelerar um pouco, dar mais espaço para seus personagens e momentos cruciais, o impacto emocional seria muito maior.
A Expectativa para os Próximos Episódios
Mesmo com essas falhas, ainda há muito potencial em “Agatha Desde Sempre“. Com vilões mais claros e uma trama que começa a se conectar com eventos anteriores do MCU, os próximos episódios têm a chance de expandir e aprofundar os temas e personagens que foram apresentados até agora. Os fãs podem esperar mais revelações e, esperamos, um ritmo mais equilibrado.
Resumo para quem está com pressa
- O quinto episódio de “Agatha Desde Sempre” da Marvel revelou que o personagem de Joe Locke é Billy Kaplan, o Wiccano, filho da Feiticeira Escarlate.
- A revelação de Billy foi visual, com a utilização dos poderes mentais característicos de Wanda.
- A série tem acelerado a trama, prejudicando o desenvolvimento dos personagens e momentos importantes.
- Os Sete de Salem finalmente surgem como vilões, trazendo mais emoção e perigo à trama.
- A morte de Alice e o julgamento de Agatha foram destaques, mas poderiam ter tido mais impacto com um melhor desenvolvimento.
- Agatha está sendo retratada de forma mais ambígua, sugerindo que ela pode ser tanto vítima quanto vilã de sua própria magia.