House of the Dragon retornou na noite deste domingo (16), após uma pausa de quase dois anos, com um lembrete sombrio: essa não é uma série feliz. A primeira temporada não foi particularmente alegre, mas a segunda já começa de maneira ainda mais sombria e depravada – e isso não é algo ruim.
Na primeira temporada, fomos apresentados a uma Westeros 200 anos antes dos eventos de Game of Thrones, com todos os seus intrincados jogos de poder e traições. Foi a temporada que nos deu um vislumbre inicial da rivalidade entre Rhaenyra Targaryen e Alicent Hightower, um conflito que se aprofundaria com o tempo.
Para os fãs dos livros de George R.R. Martin, é interessante notar que a série se baseia em “Fogo & Sangue”, um livro que narra a história dos Targaryens. A série mantém-se fiel a muitos dos eventos descritos no livro, mas também toma liberdades criativas que enriquecem a narrativa visualmente.
Lembranças de Game of Thrones
O episódio “Um filho por um filho” é uma estreia de temporada brilhante. Somos levados de volta a Westeros de maneira bem suave, com nosso primeiro vislumbre de Winterfell e do Norte desde a temporada final de Game of Thrones. É quase como se estivéssemos voltando para casa. Os fãs de Game of Thrones podem sentir uma certa nostalgia ao verem lugares familiares e ao notarem que os Starks de Winterfell são muito parecidos com Ned e sua família.
Jace Velaryon e Cregan Stark na Muralha
Aqui vemos o filho mais velho dos Velaryon, Jace (Harry Collett), se juntando a Lorde Cregan Stark (Tom Taylor) em uma fria visita à Muralha. Stark diz ao jovem que é leal a Rhaenyra (Emma D’Arcy), mas não pode ceder seus soldados tão perto do inverno, que, ele nos lembra, está chegando. Jace zomba de Stark por defender o Norte de “selvagens e do clima” e Stark, tão sombrio quanto se espera de um lorde do Norte, diz que não são apenas essas ameaças que eles e a Patrulha da Noite defendem. “Então o quê?” Jace pergunta. “A Morte,” responde o lorde Stark. Nunca mudem, Starks de Winterfell.
É até um pouco engraçado o quão pouco as coisas mudaram em Westeros. Em 200 anos, os Starks ainda serão os senhores de Winterfell, os Lannisters ainda serão os lordes ricos de Rochedo Casterly e os Targaryen ainda terão os cabelos brancos de sempre. As mesmas armaduras serão usadas. A tecnologia praticamente não avançou ao longo dos séculos. Este cenário lembra muito a continuidade de tradições e conflitos que vimos em Game of Thrones, onde as famílias principais continuam a desempenhar papéis centrais, independentemente das mudanças de poder e das guerras que atravessam.
House of the Dragon continua a tradição de Game of Thrones de criar uma narrativa envolvente e complexa, cheia de personagens ricos e conflitos intensos. A série não apenas expande o universo que os fãs amam, mas também oferece novas camadas de drama e intriga, mantendo-se fiel às raízes estabelecidas na primeira temporada e nos livros de George R.R. Martin.