O Bluesky, uma plataforma criada por ex-funcionários do Twitter, tem ganhado destaque no Brasil, especialmente após a suspensão temporária do X (antigo Twitter) no país em 30 de agosto. Desenvolvido por Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, e outros membros da equipe original, o Bluesky oferece uma interface similar ao X, o que atraiu muitos usuários da antiga rede social. Disponível para iPhone (iOS) e Android, o Bluesky busca dar maior controle ao usuário, permitindo que ele escolha qual algoritmo vai selecionar seus feeds. A plataforma também é descentralizada, prometendo facilitar a moderação de conteúdo e aprimorar a experiência dos usuários.
Crescimento incrível
Desde a suspensão do X no Brasil, o Bluesky registrou um crescimento expressivo, com mais de 2,6 milhões de novos usuários, dos quais 85% são brasileiros. Esse crescimento é impulsionado pela facilidade de uso e pela semelhança com o X. Além disso, o Bluesky tem sido elogiado por seu engajamento de maior qualidade, em comparação com outras plataformas. O diferencial da rede é seu ecossistema aberto, permitindo que desenvolvedores façam melhorias por meio do AT Protocol, um protocolo de rede colaborativo.
Origem do Bluesky
O Bluesky foi fundado em 2019, inicialmente como um projeto para desenvolver um novo protocolo para o Twitter, com algoritmos mais flexíveis. No entanto, em 2021, os desenvolvedores formaram uma organização independente, o Bluesky PBLLC, que passou a controlar a plataforma. Com a aquisição do Twitter por Elon Musk, o Bluesky se posicionou como concorrente direto, implementando várias funcionalidades que seus criadores desejavam ter no Twitter.
CEO do Bluesky
Embora Jack Dorsey tenha desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento e lançamento do Bluesky, ele não é o atual dono da plataforma. A CEO do Bluesky é Jay Graber, uma das cofundadoras e engenheira de software. Dorsey deixou o conselho diretor da plataforma devido a divergências quanto ao futuro da rede.
Personalização
Um aspecto interessante do Bluesky é que os usuários podem personalizar seus nomes de usuário com o domínio de seus sites. Por padrão, os nomes de usuário terminam em “bsky.social”, mas é possível vincular o perfil ao domínio de um site próprio, como exemplificado pelo jornal Folha de S. Paulo, que usa o nome de usuário @folha.com. Isso reforça a autenticidade dos perfis e facilita a verificação de domínios.
Transferência de dados
Outra funcionalidade inovadora é a possibilidade de transferir dados para outras plataformas que também façam parte do ecossistema aberto do Bluesky. Com o AT Protocol, os usuários podem migrar suas informações, como seguidores e postagens, para outras redes sem perder conexões. Apesar de parecer arriscado, esse sistema garante que dados sensíveis permaneçam protegidos.
Feeds personalizados
O Bluesky também se destaca pela personalização de feeds. Os usuários podem escolher entre diferentes algoritmos que moldam a linha do tempo de acordo com suas preferências. Isso permite que cada pessoa tenha maior controle sobre o que consome e com quem interage. Entre as opções de feeds, é possível seguir conteúdos populares entre amigos mútuos ou acompanhar postagens específicas de seu círculo social.
Outras inovações
Além dos feeds personalizados, o Bluesky oferece uma experiência mais dinâmica e interativa, com opções como criar grupos de discussão sobre eventos ao vivo, como partidas de futebol, ou focar em debates de interesses comuns. Esse nível de personalização coloca o Bluesky como uma rede social inovadora, que oferece mais autonomia e poder de escolha para seus usuários.
Controle dos usuários
O crescimento da plataforma e suas funcionalidades atrativas mostram que o Bluesky está se consolidando como uma alternativa sólida ao X. Ao oferecer um ambiente mais flexível, colaborativo e controlado pelos próprios usuários, a rede social tem potencial para continuar expandindo, especialmente entre aqueles que buscam maior autonomia digital.
Plataforma descentralizada
Por fim, a descentralização da plataforma e sua proposta de um ecossistema aberto marcam um novo capítulo nas redes sociais. O Bluesky busca não só ser um concorrente do X, mas também redefinir como as plataformas interagem com seus usuários, colocando o controle nas mãos de cada pessoa.
Resumo para quem está com pressa:
- O Bluesky cresceu rapidamente no Brasil após a suspensão temporária do X (antigo Twitter).
- Fundado por Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, a plataforma oferece uma interface similar ao X e prioriza a personalização dos feeds.
- Mais de 2,6 milhões de usuários aderiram ao Bluesky, com 85% sendo brasileiros.
- A plataforma é descentralizada, permitindo que os usuários escolham os algoritmos que moldam suas experiências.
- O Bluesky permite transferir dados para outras redes que utilizam o mesmo ecossistema aberto.
- Os nomes de usuário podem ser personalizados com o domínio de sites próprios, reforçando a autenticidade.