“Uma mãe nunca sai do lado da filha, seja em que circunstância for!”, disse a atriz sobre as atitudes de sua personagem para proteger Bibi
O que uma mãe é capaz de fazer pela filha, ao vê-la envolvida no crime? É esta questão que atormenta os pensamentos da Aurora, em A Força do Querer. A dona de casa fica mais aflita conforme sua herdeira, Bibi (Juliana Paes), vai se envolvendo com o tráfico de drogas.
Intérprete de Aurora,
Elizângela acredita que a relação entre mãe e filha está cada vez mais delicada. Mas a atriz afirma que Aurora vai ficar ao lado de Bibi em qualquer situação. “Uma mãe nunca sai do lado da filha, seja em que circunstância for”, afirma a atriz, que retorna a Globo, após uma rápida passagem pela RecordTV, onde atuou em A Terra Prometida (2016).
Função materna
Na trama de Gloria Perez, Aurora é diferente da filha. Enquanto Bibi é mais sensível, sua mãe tem os pés no chão. Ela sempre desconfiou do verdadeiro caráter de Rubinho (Emílio Dantas), e nunca escondeu sua suspeita. Para Elizângela, Aurora tem um sexto sentido. “Homem perfeito que nem o Rubinho aparentava, só no conto da Carochinha. No fundo, o homem da vida da Bibi é o Caio (Rodrigo Lombardi)”, palpita.
A atriz fluminense confessa que deveria ter confiado em sua forte intuição em algumas situações na vida pessoal. “Já tive um relacionamento em que eu desconfiava da pessoa. Mas, como todos falavam que eu estava en- As pancadas da vida vão deixando a gente mais atenta. Pra alguma coisa a idade tem que servir (risos)! O ganada, me entreguei. Fui pela cabeça dos outros e me ferrei. Foi uma grande decepção. A gente aprende com os erros”, revela a mãezona de Marcelle Sampaio.
Elizângela usa seu sentimento materno para dar vida à Aurora, mas não se imagina numa situação complicada como a de sua personagem. “Acho que eu enlouqueceria. Filho é projeto de vida. Você não cria para si, e sim para o mundo. Mas você busca criar um ser humano de qualidade. De repente, ver uma pessoa se enveredar por um caminho completamente torto… Isso acaba com qualquer mãe”, afirma a artista, que também está no ar como a picareta Djenane, na reprise de Senhora do Destino (2004).
Lado tranquilo
Aos 61 anos, Elizângela vive uma fase de plenitude. Mas engana- se quem pensa que a atriz se preocupa com o passar dos anos. Para ela, o grande problema do envelhecer é a frustação de constatar que tem pouco tempo para colocar em prática tudo o que aprendeu com a maturidade: “As pancadas da vida vão deixando a gente mais atenta. Pra alguma coisa a idade tem que servir (risos)”, brinca. Já no visual, ela revela não ser escrava do culto à boa forma. “Tem determinadas coisas que não tem jeito, faz parte da natureza. Não sou refém do meu corpo. Isso é uma prisão, uma escravidão. Não tenho temperamento para isso”, conta Elizângela, que prefere ter uma vida mais tranquila a viver numa balada, como a Aurora que ama a gafieira. “Teve um tempo em que eu saia muito, nos anos 1980, época em que estava solteira e jovem. Foi uma fase ótima, vivenciei o que tinha que experimentar e namorei muito (risos). Hoje, tenho muita preguiça de sair do meu lar para lugares barulhentos. Prefiro estar na casa dos amigos ou recebê-los, tomando um bom vinho ou uma cervejinha”, finaliza.