A nova milionária diz que a família vai continuar morando na Baixada Sobral
Gleici Damasceno chegou quietinha. Aos poucos, foi se mostrando, conquistando o Brasil e, na noite da quinta 19, se consagrou campeã o Big Brother Brasil 18 com 57,28% dos mais de 130 milhões de votos. Com o R$ 1,5 milhão no bolso, mas com os pés no chão, a acreana diz que não pretende mudar tanto a sua vida. “Minha família vai continuar na Baixada Sobral. Minha mãe (Vanuzia) falou que quer ficar lá, é o lugar onde cresci, onde tenho minhas histórias, então, não pretendo sair da casa onde vivo. Quero reformá-la, o terreno é grande e pretendo melhorar a casa da minha avó também”, conta a estudante de psicologia, que deseja conhecer o mar. “Vou levar a minha mãe para viajar, quero curtir o Rio de Janeiro. Passei três meses lá e não conheci nada”, planeja.
Na final, Gleici recebe o abraço de Ana Clara, Kaysar e Ayrton. “Eu pensava aqui fora que poderia ganhar, depois que entrei falei: ‘não vai dar não!’ (risos)”. Foto: Globo
OUTRO SIGNIFICADO
A campeã sempre levou uma vida difícil, mas conta que nunca quis ninguém sentindo pena dela por isso. “Sempre dei muito duro e nunca cheguei em lugar nenhum falando ‘tô passando por isso, me ajuda’. Não! Na minha escola, no meu trabalho, ninguém sabia da minha história. Eu me abri para a produção porque queria muito, sabia que era a chance de mudar a minha vida”, explica. E mudou! Mas, para Gleici, essa vitória tem um significado ainda maior. “Esse prêmio é meu e do Acre, a simbologia é para eles”, conta. “Isso representa a visibilidade que eu posso ter dado ao meu estado e para as meninas que, talvez, possam se sentir representadas com isso. O dinheiro vai mudar muito a minha vida. Mas, por eu ter sido a primeira acreana, por as pessoas terem duvidado, pela minha aparência frágil, isso simboliza muito pra mim, até mais do que a grana”, explica.
No sábado 21, Gleici foi recebida por uma multidão no aeroporto de Rio Branco e, no domingo 22, parou a Baixada Sobral. Foto: Instagram
FICOU TUDO LÁ DENTRO
Tudo o que aconteceu no BBB ficou no BBB. Sem mágoas, é assim que Gleici pretende seguir. “Não guardo nada, não tenho nada contra ninguém. Sempre falo que foi uma historia feita pelos 20 participantes. Até mesmo da Patrícia, com quem eu briguei lá dentro, não guardo mágoas. Não tenho nada contra ela e não vamos ser melhores amigas, mas a respeito”, afirma. Para a acreana o período de confinamento foi bom para refletir. “O que eu vivi lá dentro foi ótimo, eu cresci em relação a muitas coisas. As pessoas vinham muito falar que eu sou isso, que sou aquilo, algumas coisas eu relevava, mas, no geral, eu cresci com tudo o que aconteceu”, descreve. “Eu considero que abri meus olhos para muitas outras situações que eu não via no meu dia a dia, coisas sobre vida mesmo. As pessoas reclamando que estavam no Tá Com Nada, eu tinha que entender. Ninguém é obrigado a ficar de boa sem ter muitas opções para comer. Pra mim é tranquilo, mas para outras pessoas não”, explica a estudante.
Desde o fim do programa, Wagner e Gleici não se desgrudaram. O paranaense até acompanhou a amada em sua viagem para o Acre. Foto: Carlos Felipe Soares
SORTE NO JOGO E NO AMOR
Aos 22 anos, com R$1,5 no bolso, quase quatro milhões de seguidores nas redes sociais, Gleici ainda conquistou um amor. Depois de muita enrolação, ela e Wagner Santiago começaram a ficar no reality. Muita gente desconfiou dos sentimentos do paranaense, mas ela não. “Eu estava a fim de ficar com ele, gostei dele, fiquei. Eu nunca duvidei do que ele sentia”, afirma. Aqui fora, o artista visual já fez até uma tatuagem em homenagem a ela e, desde o fim do programa, os dois não se desgrudam mais. “Gosto muito do Wagner. Ele falou lá dentro que ia fazer a tatuagem da rosa amarela e fez. Ele é muito fofinho. Como não gostar de uma pessoa assim?”, derrete-se.