Manoel Soares abriu o jogo sobre a sua nova fase na carreira – ele passa a apresentar o Encontro, ao lado de Patrícia Poeta -, e também relembrou histórias marcantes de um passado repleto de pobreza. No Conversa com Bial, o jornalista ainda falou da luta contra o racismo.
“Já vivi em muitas casas na minha vida, entre elas casas fragilizadas e também em condição de rua. Não faço todo um drama em cima disso, porque é uma realidade brasileira e não tem que ser explorada de maneira indevida”, disparou.
Na conversa, ele relembrou a infância em Salvador, incluindo a fuga da cidade, por causa do marido envolvido com o tráfico. Com apenas 28 anos, a mãe do apresentador levou os filhos ainda pequenos para o interior de São Paulo para tentar livrá-los de uma rotina violenta.
“Peguei cascas de madeira e fiz uma casa para minha mãe. Casa é o lugar onde seu coração está em paz, onde tem amor é a minha casa”, resumiu Manoel Soares.
O novo titular do Encontro ainda destacou que chegou a viver nas ruas de Porto Alegre, após ter sido enviado ao sul pela mãe, que não via com bons olhos a amizade que o então adolescente estava construindo com delinquentes da zona leste de São Paulo.
Ele deu os primeiros passos no jornalismo e até se emocionou ao ver uma das suas primeiras reportagens: “Passa um filme na cabeça quando vejo isso”.
De lá para cá, ele trabalhou com Caco Barcellos até ser convidado a integrar a equipe do matinal de Fátima Bernardes e o elenco do É de Casa.
“Minha arma contra o racismo é o afeto, mas não discordo dos outros métodos de luta, acho que são legítimos. Cada um tem que fazer a sua escolha”, conclui o famoso, que escreveu o livro Para Meu Amigo Branco, lançado em abril.