Enquanto se preparam para curtir suas merecidas férias, Alcides Nogueira e Mario Teixeira falam sobre o sucesso de sua novela, que acaba dia 6
O sucesso I Love Paraisópolis, que chega ao fim na sexta 6,
era um projeto acalentado pelos autores Alcides Nogueira e Mario Teixeira há
muito tempo. Para ser mais preciso, desde quando fizeram dobradinha em Ciranda
de Pedra (2008). E, pelo visto, o trabalho a quatro mãos tende a dar novos
frutos. “Ainda não estamos desenvolvendo um novo projeto, mas adoraria
trabalhar com o Mario novamente”, afirma Alcides. Confira o balanço que Mario e
Alcides fazem dessa trama simples, cheia de ação e com personagens que tocaram
o coração do público, mostrando os contrastes da comunidade que é uma síntese
de São Paulo e do Brasi!
Mário disse que a novela não teria barriga. “Era tanquinho”
(risos). Cumpriram a promessa?
Alcides: Nós acreditamos que sim e o retorno que temos é
muito positivo. Construímos uma trama com personagens que nos permitiram criar
e ir além nos acontecimentos de suas vidas. Relações inusitadas, casamentos no
capítulo 100, a aproximação de Danda com Margot e de Danda com Soraya, por aí
vai… Estamos muito felizes com o resultado.
As redes sociais influenciam no rumo da trama? Grego e
Margot começaram a formar um casal depois que surgiu a Gregot na internet? Ou
já era planejado?
Mario: Nós acompanhamos o retorno do público pela Central de
Atendimento ao Telespectador, pelas redes sociais, pelos nossos colegas e
amigos. Mas o rumo das tramas vem das possibilidades que os personagens nos dão
e que vão se abrindo com o decorrer da trama. A aproximação de Margot e Grego
foi uma delas. O amor de Mari e Ben desde o início se mostrou sólido e o
caminho dos personagens era encontrar em outro alguém o amor que não viveram
com os respectivos ex-namorados. E, sem dúvida, Maria Casadevall e Caio Castro
trouxeram mais carisma para a trama.
Até que ponto a sinopse de vocês foi cumprida à risca?
Alcides: A sinopse é
sempre um ponto de partida para darmos continuidade as possibilidades que a
história e os personagens nos dão. Nossa proposta foi cumprida sim e fomos além
com uma novela de muita ação e humor.
Na TV se trabalha sob pressão. Até que ponto a questão do
Ibope é um problema para vocês?
Mario: Não incomoda. Todas as profissões têm sua dose de
pressão, não só a nossa. Tivemos todo o suporte da Globo para construirmos
a história da forma que desejamos e
tivemos um retorno positivo.
Há quem critique o fato de a Danda ter perdido espaço na
trama. Como vocês avaliam isso?
Alcides: A Danda não perdeu espaço, pelo contrário.
Ampliamos a gama de relações da personagem, que passou a frequentar, com muita
simpatia e humor, o núcleo do Morumbi. Um dos pontos mais divertidos é
exatamente a inusitada amizade dela com Margot e Soraya. Afinal, todos adoram a
Dandinha!
Dom Peppino virou o grande vilão da história. Foi para
conseguir redimir todos os demais vilões?
Mario: O Dom Peppino veio para colocar a prova até onde os
nossos personagens estão dispostos a ir para conseguirem alcançarem suas
ambições. Gabo, por exemplo, está colocando tudo em risco e fazendo alianças
para manter seu plano de retomar a Pilartex. Já Grego tenta rever sua postura
pelo amor que sente por Margot e Maria. E Ben continua determinado a não perder
os seus princípios.
Quais são as vantagens do trabalho em dupla?
Alcides: Temos
horários diferentes de trabalho. Mario acorda cedo e funciona bem pela manhã e
eu gosto de trabalhar à tarde e à noite.
Estamos sempre em produção, 24 horas (risos)! Mas fazemos reuniões diárias,
mesmo que por telefone e opinamos no texto um do outro. Ter um segundo olhar
sobre a trama é ótimo para desenvolvermos um projeto cada vez melhor.
O que farão com o tempo livre?
Mario: Nós ainda estamos muito focados nessa reta final da
novela. Depois, queremos descansar e curtir nossas famílias, felizes com o
resultado do trabalho.