A atriz Regina Duarte foi a convidade de Pedro Bial no programa ‘Conversa com Bial‘ da última quarta-feira (29) na Globo. A veterana atriz que brilhou em inumeros sucessos na dramaturgia da casa, protagonizando novelas que entraram para a história do segmento no Brasil, como ‘Vale Tudo‘, ‘Rainha da Sucata‘ e ‘Por Amor‘ – que está no ar na sessão Vale a Pena Ver de Novo – ganhou o título honroso de ‘Namoradinha do Brasil’.
No bate papo Regina Duarte falou sobre os 40 anos de ‘Malu Mulher‘, série exibida de 1979 a 1980, criada e dirigida por Daniel Filho. Maria Lúcia Fonseca, a protagonista, pelejava por sua independência financeira, respeito no trabalho, liberdade no amor e ganhou vida na pele de Regina, sacudindo a conservadora sociedade brasileira da época.
“Os desquites tinham triplicado em 1977. Isso chamou a atenção de Boni e Daniel [Filho]: existia uma nova mulher na sociedade e era necessário falar dela”, explicou Regina, que ressaltou ainda a resistência do público masculino quando conheceu a história de Maria Lúcia:
“Diziam que eu estava subvertendo a família brasileira”.
O assunto também foi política. Regina Duarte falou sobre as polêmicas recentes que seus posicionamentos políticos provocaram. Regina é uma apoiadora púbica do governo Bolsonaro. Vale lembrar que ela também virou assunto quando gravou um video na época da eleiçào do presidente Lula ao afirmar na campanha o famoso “eu tenho medo” mostrando seu sentimento caso o então candidado fosse eleito, fato que ocorreu em 2002. A atriz afirmou para Bial:
“Em 2002 fui chamada da terrorista e hoje sou chamada de fascista, olha que intolerância?”
A atriz declarou o seu voto na última campanha e em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo afirmou sobre Bolsonaro:
“Um cara doce, um homem dos anos 50, um jeito masculino, machão”.
Sobre o posicionamento político (e público) atual da atriz, o ex marido Daniel Filho – que a dirigiu na série Malu Mulher – declarou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo:
“Regina e eu fomos juntos para Cuba, e fomos recebidos pelo próprio Fidel Castro […]”, disse aos risos.
“Simplesmente não entendo. Compreendo que não tem o porquê de as pessoas serem firmes para sempre, mas não entendo essa mudança dela para a direita, assim dessa forma. Ela era de esquerda mesmo, eu continuo [sendo de esquerda]”, concluiu o ator e diretor.