A atriz renomada Elizângela do Amaral Vergueiro, amplamente conhecida como Elizângela, nos deixou aos 68 anos nesta sexta-feira (4) em Guapimirim, no estado do Rio. Ela brilhou em produções notáveis como as novelas “Força do Querer” e “A Dona do Pedaço”, entre muitas outras.
Segundo a Prefeitura Municipal de Guapimirim, a atriz foi admitida no Hospital Municipal José Rabello de Mello em estado de parada cardiorrespiratória, após ter sido atendida prontamente pelas equipes do SAMU.
Houve tentativas de reanimação tanto durante o transporte quanto na unidade de saúde, mas infelizmente não tiveram sucesso.
A administração municipal expressou seu pesar pela perda da estimada atriz e destacou que esta foi a segunda vez que Elizângela buscou atendimento no sistema de saúde do município. Na primeira ocasião, ela estava enfrentando sérios problemas respiratórios e, após algumas semanas de tratamento, recebeu alta da unidade.
Em 2022, a atriz havia sido hospitalizada em Guapimirim em estado crítico devido a complicações respiratórias relacionadas à Covid-19. Segundo a prefeitura, ela chegou ao Hospital Municipal José Rabello de Mello em condições alarmantes e quase precisou ser entubada.
É importante mencionar que Elizângela demonstrou ser firmemente contrária à vacinação, pois não recebeu nenhuma dose do imunizante.
Nascida em 11 de dezembro de 1954, no Rio de Janeiro, Elizângela do Amaral Vergueiro iniciou sua carreira como atriz aos 7 anos de idade na TV Excelsior, onde participou de comerciais ao vivo. A descoberta por um produtor da emissora a levou a estrelar o programa de entrevistas “A Outra Face do Artista”, também transmitido ao vivo.
Elizângela teve carreira extensa em novelas
A atriz integrou o elenco da primeira versão de “Roque Santeiro”, que foi censurada às vésperas da estreia em 1975. Embora seu papel original fosse o de Tânia, a filha de Sinhozinho Malta, quando a novela foi refeita uma década depois, o autor criou um personagem especialmente para Elizângela, chamado Marilda.
Na novela “Pecado Capital” (1975), Elizângela interpretou Emilene, a irmã da protagonista Lucinha, e seu nome fazia referência às cantoras Emilinha e Marlene. Em “Locomotivas” (1977), a primeira novela gravada em cores no horário das 19h, ela desempenhou o papel de Patrícia, a baterista de uma banda independente. Dois anos mais tarde, em “Feijão Maravilha” (1979), ela interpretou outro papel de rebelde, contracenando com atores como Marco Nanini, Marcelo Picchi, Grande Otelo e Lucélia Santos.
Na década de 1970, Elizângela participou de diversos programas humorísticos da Globo, incluindo os de Jô Soares, Chico Anysio e Renato Aragão. Além disso, ela teve uma carreira musical, gravando um compacto com a música “Pertinho de Você”, de Hugo Bellard, que fez sucesso em 1979.
Em “Jogo da Vida” (1981), de Silvio de Abreu, ela deu vida à hilária Mariúcha, uma empregada doméstica que assediava o patrão, criando uma cena marcante sempre que olhava diretamente para a câmera e piscava antes de pregar uma peça. Em “Paraíso – 1ª versão” (1982), de Benedito Ruy Barbosa, Elizângela interpretou Maria Rosa, filha de Aurora e do prefeito Norberto. Ela retornou à Globo em 1991 com o programa humorístico “Estados Anysios de Chico City”, em parceria com Chico Anysio, e mais tarde estrelou a novela “Pedra sobre Pedra” (1992), de Aguinaldo Silva, no papel de Rosemary Pontes, marcando presença no horário nobre.
Elizângela não se limitou à atuação e se destacou ao longo de sua carreira na televisão. Ela deixa um legado inestimável no mundo do entretenimento brasileiro e continuará sendo lembrada por sua versatilidade, talento e contribuições à arte e à cultura do Brasil. Descanse em paz, Elizângela.