Na noite de domingo (16), William Bonner postou no Instagram uma selfie em preto e branco na qual está com expressão de espanto. Os olhos arregalados ganharam conotação cômica pela notícia a respeito dele repercutida na internet pouco antes.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal rejeitou uma ação que pedia a prisão do âncora e editor-chefe do ‘Jornal Nacional’. A solicitação foi feita por um advogado. Ele alegou que o apresentador faria parte de uma “organização criminosa” em prol da vacinação contra a covid-19.
De acordo com o autor do pedido, a detenção seria necessária para impedir Bonner de continuar a “incentivar a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes e a exigência de passaporte sanitário”.
No despacho, a juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley classificou as justificativas de “delírios negacionistas” e se negou a mandar Bonner para a cadeia. É ou não é caso para ficar com os olhos esbugalhados?
Na postagem da selfie, legendada apenas com a data de ontem, centenas de seguidores deixaram mensagens de apoio ao jornalista da Globo, que desde o início da pandemia defende na TV os protocolos de prevenção, os cientistas e a vacinação.
“Essa seria a sua foto da prisão, tio? Kkkkkkkk”, ironizou um usuário. “Que bom que não vai ser preso por incentivar a vacina! Que país é esse?”, postou um admirador. “Absolvido, tio Bonner”, debochou outro internauta.
William Bonner é um dos garotos-propaganda da campanha ‘Vacina Sim’, criada pelo consórcio de veículos de imprensa e lançada em janeiro de 2021 no ‘Jornal Nacional’.
A defesa enfática da ciência e da imunização, e críticas frequentes aos negacionistas, o tornaram inimigo do movimento antivacina e ainda mais detestado pelos bolsonaristas.
Alheio aos ataques, o âncora compartilhou fotos de quando tomou a primeira e a segunda doses do imunizante, em junho e agosto, respectivamente.
Sua colega de bancada, Renata Vasconcellos, também vacinada, testou positivo para covid na semana passada. Com sintomas leves, ela está isolada em casa.